A Influência do Tamanho do Grupo na Participação do Cooperado em Assembleias O Caso do Sicredi Aliança PR/SP

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Carla Maria Schmidt
https://orcid.org/0000-0001-8364-2663
Caroline Jane Schmitz
https://orcid.org/0000-0002-1829-2107
Keila Raquel Wenningkamp
https://orcid.org/0000-0003-4832-0583
Tiago Rodrigo Fischer
https://orcid.org/0000-0002-7087-1931

Resumo

A cooperação entre indivíduos e firmas tem se tornado necessária na medida em que diversas transformações do atual cenário mercadológico exigem novas formas de organização e coordenação, a fim de tornar as empresas e pessoas mais competitivas. Decorre dessa conjuntura a adoção de estruturas de governança baseadas na coletividade, complementaridade e auxílio mútuo, caracterizando-se como diversas formas de ações coletivas, a exemplo das cooperativas. Ocorre que há diferenças em organizar e manter ações coletivas formadas por grupos grandes e pequenos. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi o de analisar a influência do tamanho do grupo na participação dos cooperados nas assembleias do Sicredi Aliança PR/SP. Em termos metodológicos, tratou-se de uma pesquisa descritiva e qualitativa, cuja coleta de dados se deu a partir de documentos, de entrevista (realizada com o diretor executivo) e de questionários (aplicados aos associados e coordenadores de núcleos do Sicredi Aliança PR/SP). A partir dos resultados, foi possível concluir que ocorre influência do tamanho do grupo, de modo que quanto menor o grupo, maior a presença dos associados nas assembleias e maior a participação dos cooperados com opiniões, sugestões e críticas. Ademais, que grupos menores favorecem relacionamentos mais próximos entre cooperados e seus coordenadores. Porém, somente a diminuição do grupo ainda não é suficiente para que os membros participem mais efetivamente, pois precisam de mais confiança, liderança, comunicação e relacionamentos informais.

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Artigos
Biografia do Autor

Carla Maria Schmidt, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE

Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo (FEA/USP). Docente do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio e do curso de Secretariado Executivo Trilíngue da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Caroline Jane Schmitz, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE

Bacharela em Secretariado Executivo Bilíngue pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com Especialização em Consultoria Econômico-Financeira e Empresarial pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e MBA em Gestão de Cooperativas de Crédito pela Universidade Paranaense (Unipar).

Keila Raquel Wenningkamp, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE

Doutoranda em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). Docente do curso de Secretariado Executivo Trilíngue na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestra em Desenvolvimento Regional e Agronegócio pela UNIOESTE. Especialista em Gestão Empresarial pela Universidade Paranaense (UNIPAR). Graduada em Secretariado Executivo Bilingue pela UNIOESTE.

Tiago Rodrigo Fischer, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE

Bacharel em Administração pela Universidade Paranaense (Unipar). Mestre em desenvolvimento regional e agronegócio pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

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