Cortadas pela Raiz Dissonâncias entre a Formação Acadêmica e a Produção Científica - Meio Século de Isolamento em uma Graduação "Feminina”
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Resumen
As assimetrias de poder entre os sexos persistem na academia. Frente às conquistas femininas, alguns cursos superiores nas Universidades Federais, cujo número quase absoluto de ingressantes é composto por mulheres de camadas sociais mais baixas permanecem historicamente deficitários quanto à produção científica, tanto dos discentes quanto dos docentes com formação nesta área. Somem-se a estes fatos, o status da profissão, os baixos salários, as dinâmicas econômicas que fomentam o surgimento de novas ocupações, e o alto índice de desemprego decorrente da crise nos últimos três anos. Todos estes aspectos inferem um possível cenário negativo para os bacharelados de Secretariado Executivo no mercado, e implicam em suas permanências nas universidades. Sob tais considerações investigamos as dissonâncias entre a formação acadêmica nesse curso e a pesquisa na área, que implicam em meio século de isolamento em uma graduação "feminina” dentro de um centro de excelência no campo da Administração do país. Consideramos a formação dos graduandos para pesquisa e verificamos a produção científica de seus docentes no campo. Delimitamos nossa análise no curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) em um recorte temporal que considera taxas de três anos, de 2014 a 2016. A pesquisa identifica as dificuldades das mulheres relacionadas à formação para pesquisa em um curso majoritariamente feminino.
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